quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

CARTAS E A INTERTEXTUALIDADE.

Os textos abaixo foram cartas escritas por dois soldados da fé cristã e trazem uma mensagem magnífica para todos os homens.

Carta do apóstolo Paulo aos Coríntios.

1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e näo tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e näo tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e näo tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 O amor é sofredor, é benigno; o amor näo é invejoso; o amor näo trata com leviandade, näo se ensoberbece.
5 Näo se porta com indecência, näo busca os seus interesses, näo se irrita, näo suspeita mal;
6 Näo folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, seräo aniquiladas; havendo línguas, cessaräo; havendo ciência, desaparecerá;
9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10 Mas, quando vier o que é perfeito, entäo o que o é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas entäo veremos face a face; agora conheço em parte, mas entäo conhecerei como também sou conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor

 

Carta de Dom Hélder Câmara, publicada na revista Ir ao povo, n° 661. 


        Se eu aprender inglês, espanhol, alemão e chinês e dezenas de outros idiomas, mas não souber me comunicar como pessoa, de nada valem as minhas palavras.
        Se eu concluir um curso superior, andar de anel no dedo, frequentar cursos e mais cursos de atualização, mas viver distante dos problemas do povo, minha cultura não passa de inútil erudição.
        Se eu morar no Nordeste, mas desconhecer os problemas e sofrimentos de minha região e fugir para as férias no Sul, até na América ou Europa, e nada fizer pela promoção do homem, não sou cristão.
        Se eu possuísse a melhor casa de minha rua, a roupa mais avançada do momento e o sapato da moda, e não me lembrasse de que sou responsável por aqueles que moram na minha cidade e andam de pés no chão, e se cobrem com molambos, sou apenas um manequim colorido.
        Se eu passar os fins de semana em festas e programas, sem ver a fome, o desemprego, o analfabetismo e a doença, sem escutar o grito abafado do povo que se arrasta à margem da história, não sirvo para nada.
        O cristão não foge dos desafios de sua época. Não fica de braços cruzados, de boca fechada, de cabeça vazia; não tolera as injustiças nem as desigualdades gritantes de nosso mundo; luta pela verdade e pela justiça, com as armas do amor.
        O cristão não desanima nem se desespera diante das derrotas e dificuldades, porque sabe que a única coisa que vai sobrar de tudo isso é o AMOR.

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

Artigo de opinão

ARTIGO DE OPINIÃO

Não seja professor 

"Se você tiver a péssima ideia de se manifestar contra o descalabro e a precarização, caso você more no Paraná, o governo o tratará à base de bomba de gás lacrimogêneo, cachorro e bala de borracha. Em outros Estados, a pura e simples indiferença. Imagens correrão o mundo, a Anistia Internacional irá emitir notas condenando, mas as principais revistas semanárias do país não darão nada a respeito nem do fato nem de sua situação. Para elas e para a "opinião pública" que elas parecem representar, você não existe", escreve Vladimir Safatle, professor de Filosofia, em artigo publicado no jornal Folha de S. Paulo, 05-05-2015.

Eis o artigo.
Quem escreve este artigo é alguém que é professor universitário há quase 20 anos e que gostaria de estar neste momento escrevendo o contrário do que se vê obrigado agora a dizer. Pois, diante das circunstâncias, gostaria de aproveitar o espaço para escrever diretamente a meus alunos e pedir a eles que não sejam professores, não cometam esse equívoco. Esta "pátria educadora" não merece ter professores.

Um professor, principalmente aquele que se dedicou ao ensino fundamental e médio, será cotidianamente desprezado. Seu salário será, em média, 51% do salário médio daqueles que terão a mesma formação. Em um estudo publicado há meses pela OCDE, o salário do professor brasileiro aparece em penúltimo lugar em uma lista de 35 países, atrás da Turquia, do Chile e do México, entre tantos outros.

Mesmo assim, você ouvirá que ser professor é uma vocação, que seu salário não é assim tão ruim e outras amenidades do gênero. Suas salas de aula terão, em média, 32 alunos, enquanto no Chile são 27 e Portugal, 8. Sua escola provavelmente não terá biblioteca, como é o caso de 72% das escolas públicas brasileiras.

Se você tiver a péssima ideia de se manifestar contra o descalabro e a precarização, caso você more no Paraná, o governo o tratará à base de bomba de gás lacrimogêneo, cachorro e bala de borracha. Em outros Estados, a pura e simples indiferença. Imagens correrão o mundo, a Anistia Internacional irá emitir notas condenando, mas as principais revistas semanárias do país não darão nada a respeito nem do fato nem de sua situação. Para elas e para a "opinião pública" que elas parecem representar, você não existe.

Mais importante para elas não é sua situação, base para os resultados medíocres da educação nacional, mas alguma diatribe canina contra o governo ou os emocionantes embates entre os presidentes da Câmara e do Senado a fim de saber quem espolia mais um Executivo nas cordas.

No entanto, depois de voltar para casa sangrando por ter levado uma bala de borracha da nossa simpática PM, você poderá ter o prazer de ligar a televisão e ouvir alguma celebridade deplorando o fato de o país "ter pouca educação" ou algum candidato a governador dizer que educação será sempre a prioridade das prioridades.

Diante de tamanho cinismo, você não terá nada a fazer a não ser alimentar uma incompreensão profunda por ter sido professor, em vez de ter aberto um restaurante. Por isso o melhor a fazer é recusar-se a ser professor de ensino médio e fundamental. Assim, acordaremos um dia em um país que não poderá mais mentir para si mesmo, pois as escolas estarão fechadas pela recusa de nossos jovens a serem humilhados como professores e a perpetuarem a farsa. 


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Com base no artigo “Não seja professor”, publicado pelo filósofo Vladimir Safatle na Folha de S. Paulo, professor da Universidade de Brasília (UnB) questiona os argumentos apresentados e defende o incentivo à carreira dos docentes, apesar das dificuldades da profissão: “O momento não é de desencorajamento, mas de estímulo à mudança prática e ao embate de diálogo aberto com aqueles que deveriam nos representar”

Por Everaldo Batista da Costa*

Na manhã de 5 de maio de 2015, um artigo publicado no caderno Opinião da Folha de S. Paulo deixou-me perplexo. O professor e filósofo Vladimir Safatle – da Universidade de São Paulo – emitiu, de forma clara e direta, alguns breves apontamentos para que seus alunos não sejam professores neste país. Ao ler seu texto, me vi na obrigação, enquanto professor e geógrafo formador de outros professores-cidadãos, de fazer alguns contrapontos diretos a suas ideias. Faço isso de forma respeitosa à opinião do aludido docente; a ideia aqui é a de uma franca reflexão conjunta ou de deixar outro viés para o pensamento coletivo.

No contexto do atual descalabro de conflito e agressão do estado do Paraná para com seus docentes, Safatle diz que “diante das circunstâncias, gostaria de aproveitar o espaço para escrever diretamente a meus alunos e pedir a eles que não sejam professores, não cometam esse equívoco. Esta ‘pátria educadora’ não merece ter professores”. Pois bem, defendo que os alunos de Safatle – que se formarão em Filosofia e professores pela prestigiosa USP -, bem como meus alunos, que se formarão geógrafos e também professores pela Universidade de Brasília, assumam a docência nas escolas, sim!

Uma nação democrática ou um bairro digno não se fazem sem conhecimentos da realidade. Não estaríamos em nossas universidades a contribuir na formação de professores-cidadãos se não fosse pelos mestres que tivemos desde a pré-escola e, certamente, não lecionaríamos nestas importantes instituições de ensino superior do Brasil não fosse o empenho e a qualidade desses mestres ou o esforço financeiro de cada contribuinte brasileiro em nos manter docentes, da forma que nos mantém e continuamos [alguns preferem ser tratados por pesquisadores, a ideia de professor parece aos mesmos minimizar o status do ofício]. A devolutiva deve ser dada nas escolas, aos filhos desses contribuintes – é nosso dever moral e ético, mas não a qualquer preço, certamente.

Safatle escreve que “um professor, principalmente aquele que se dedicou ao ensino fundamental e médio, será cotidianamente desprezado. Seu salário será, em média, 51% do salário médio daqueles que terão a mesma formação”. O professor e filósofo com quem dialogo cordialmente está correto no que afirma. Contudo, cabe ao próprio professor [a quem respondo, a mim e a todos os que lerem este artigo – ou não lerem] não desestimular, mas, ao contrário, apontar algum caminho para a mudança do quadro atual de ensino no Brasil, que realmente é trágico.

Logo, afirmo que é o momento para uma efetiva prática de mobilização nacional dos professores em todos os níveis, em pressão aos governos de estados e à União, para a melhoria de um quadro que não se restringe ao salarial, mas que atinge a dignidade física e psicológica dos docentes, que encaram uma sociedade calamitosa face a face, de violência material e simbólica no cotidiano escolar. Desestimular um futuro professor é remar contra a ideia da construção de um país menos desigual e potencializar os problemas já existentes. Uma boa saída seria o fechamento dos cursos de licenciatura ou uma mobilização nacional consciente e articulada em prol de um ensino mais digno, em todos os níveis, a envolver professores, pais e alunos?

No contexto da indiferença com a qual são tratados nossos professores no país, Safatle considera que “depois de voltar para casa sangrando por ter levado uma bala de borracha da nossa simpática PM, você poderá ter o prazer de ligar a televisão e ouvir alguma celebridade deplorando o fato de o país ‘ter pouca educação’ ou algum candidato a governador dizer que educação será sempre a prioridade das prioridades”. Também não se equivoca Safatle. Entretanto, esses fatos não justificam desencorajar os egressos de nossas universidades à docência.

O cenário da educação no país mudou, em certo grau, nas últimas décadas [notadamente, na última]; há dados sobre tais mudanças, que se fazem de maneira extremamente pontuais e ainda insuficientes, sobretudo quando vislumbramos o país em sua totalidade. Por mais que os noticiários denunciem, diariamente, a precariedade do ensino nas regiões mais pobres e a violência com a qual a educação é tratada no país, os incontáveis problemas ainda persistentes devem servir de estímulo para pensarmos no valor educativo, uma nova escola para um novo professor mais propositivo, mais otimista e mais engajado na formação de nossas crianças, para um real país “pátria educadora”.

Porém, a ação ou a mobilização coletiva se faz mais que urgente, para a alteração do quadro geral que criticamos, o qual reflete o descaso efetivo com a educação brasileira em todos os níveis, especialmente no fundamental e no médio. O professor universitário em geral não deve afugentar ou apartar as escolas ou os professores das escolas; seu papel é aproximar dos mesmos, potencializar o debate e as ações pela mudança educacional no país, trazer os professores e as escolas à universidade, sair de seu gabinete favorável à manutenção de bolsas individuais de pesquisas que o faz imóvel ou letárgico diante dos problemas concretos de nosso país.

Por fim, assegura Safatle que “diante de tamanho cinismo, você não terá nada a fazer a não ser alimentar uma incompreensão profunda por ter sido professor, em vez de ter aberto um restaurante. Por isso o melhor a fazer é recusar-se a ser professor de ensino médio e fundamental. Assim, acordaremos um dia em um país que não poderá mais mentir para si mesmo, pois as escolas estarão fechadas pela recusa de nossos jovens a serem humilhados como professores e a perpetuarem a farsa”. Como sugerir a abertura de um restaurante ao invés de ser professor, após a finalização de um curso superior bancado por indivíduos adultos que sonham em ter seus filhos em boas escolas? A saída para nossa educação é indicar a recusa a ser professor do ensino médio e fundamental? Sugere-se ser professor no ensino superior apenas, cuja realidade fora dos grandes centros não se diferencia das piores escolas nacionais? Como será acordar em um país sem escolas? Na verdade, dormiremos em sono profundo, com poucos clientes para muitos restaurantes.

Penso que seja dever do professor de nossas universidades públicas estimular os jovens futuros docentes a assumirem o lugar de uma crítica propositiva, de uma crítica emancipatória para a ação em prol de uma real “pátria educadora”, na qual o ensino-aprendizagem se faça prioridade na vida de cada indivíduo. A ação em massa, junto aos sindicados dos professores, pais e alunos, com a tomada dos espaços públicos de nossas cidades, faz-se urgente. Não há um único professor universitário, advogado, médico, engenheiro, geógrafo ou historiador que não tenham passado por algum engajado professor do pré-escolar, do ensino fundamental ou médio. O momento não é de desencorajamento, mas de estímulo à mudança prática e ao embate de diálogo aberto com aqueles que deveriam nos representar. Não há armamento que segure a coletividade [no caso, toda a classe de professores – sem elitismo] realmente unida e consciente de seus direitos e deveres. Nossas crianças, os adultos do futuro, merecem e precisam desse empenho atual.

Por um lado, a sociedade espera empenho dos estudantes dos cursos de licenciatura e de bacharelado lotados nas universidades públicas brasileiras, após anos de tributação e de investimento. Por outro, o Estado Absoluto parece esperar que a massa se revolte, mais tantas vezes forem necessárias, para respostas a demandas reais e urgentes nas instituições de ensino. Sejamos todos professores engajados na busca de outra educação, para um novo país. O mundo em metamorfose se faz pela sociedade em trânsitos ininterruptos. O estímulo deve continuar a ser dado, pelas bases do ensino. Sejamos professores, neste país, pelo entendimento dessa metamorfose.

* Everaldo Batista da Costa é professor do Departamento de Geografia da Universidade de Brasília (UnB)

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Questões sobre a obra O CORTIÇO



EREM Dr. Jaime Monteiro
Gameleira, ______ de  ________________________ de 2015
Aluno(a):_________________________________________________N º____   Ano: 9º A
Professora: Márcia  Oliveira da Silva

AVALIAÇÃO DE LÍNGUA PORTUGUESA  -   III BIMESTRE

Sobre a obra O Cortiço, responda

Questão 01 - Quem é o autor do livro O Cortiço?

A) Machado de Assis.                            
B) Aluísio  Azevedo. 
C) Carlos Drummond de Andrade.                               
D) Luís Fernando Veríssimo.

Questão 02 – Em que cidade a história se passa?

A) Na Bahia, século XIX.                           
B) Em São Paulo, século XIX.  
C) No Rio de Janeiro , século XIX.                  
D) Em Recife, século XIX.

Questão 03-  Ao ler a obra O Cortiço, compreende-se que

I -  João Romão, homem trabalhador e preocupado com o bem-estar dos menos favorecidos , construí habitações coletivas e de aluguel barato para abrigar pessoas pobres.
II -  A pobreza na cidade, a ascensão social e a cultura popular são os temas abordados.
III - O Cortiço representa, o que seria mais tarde, as favelas brasileiras.
IV -  Miranda é o sujeito trabalhador, que se priva de conforto para realizar o sonho de ascensão social.
V – Bertoleza  nunca deixou de ser escrava. Passou a vida sendo explorada por seus donos e “amantes”.

Está correto o que se afirma em:
A) I e III apenas.       
B) I, III e  IV, apenas.      
C) II, III e V, apenas.      
D) V, apenas.

Questão 04  -  Quanto ao narrador, pode-se afirmar que é:

A) narrador personagem testemunha.                
B) narrador personagem protagonista.    
C) eu lírico       .    
D) narrador observador onisciente.

Questão 05 -  No trecho “Estalagem de São Romão. Alugam-se casinhas e bacias para lavadeiras.”    Qual é a voz do verbo alugar?

A) ativa.             B) passiva analítica.         C) passiva sintética.           D) reflexiva.

Questão 06   Depois da primeira confusão dentro do cortiço  - quando Jerônimo quase perde a vida – João Romão e alguns moradores foram chamados à delegacia para prestar depoimento. Chegando lá...

A) acusaram Firmo pelo assassinato de Jerônimo.
B) denunciaram Paula por ter causado o incêndio no cortiço.
C) os moradores revoltados denunciaram os rivais Firmo e Jerônimo.
D) o espírito de solidariedade falou mais alto, e ninguém foi denunciado.

Questão 07 -  Relacione as colunas de acordo com as características de cada personagem  do romance.

(  ) Trabalhador da pedreira e morador do cortiço.

(  ) Escrava que  tornou-se amante do dono do cortiço.

(  2  ) Dono do cortiço. Desonesto e ambicioso; deseja torna-se tão rico quanto Miranda.

(  ) Comerciante português e principal opositor de João Romão.

(  3 ) Mulata alegre, bonita e muito sensual.

(  4  ) Por ciúmes da namorada, fere gravemente Jerônimo.















 (1) Miranda             

(2) João Romão

(3) Rita Baiana

(4) Firmo

(5) Bertoleza

(6) Jerônimo


Questão 08  -   O fato que motiva  as desavenças  entre Firmo e Jerônimo é

A) Firmo assediar constantemente a esposa de Jerônimo.
B) A briga entre os moradores dos dois cortiços.
C) Firmo tratar Rita  Baiana como uma escrava.
D) Rita Baiana  corresponder aos assédios de Jerônimo.

Questão 09   - Dos segmentos abaixo, extraídos de O Cortiço,  marque o que não é exemplo de zoomorfismo:

A) Zulmira tinha então doze para treze anos e era o tipo acabado de fluminense; pálida, magrinha, com pequeninas manchas roxas nas mucosas do nariz, das pálpebras e dos lábios, faces levemente pintalgadas de sardas.

B) Leandra...a Machona, portuguesa feroz, gritona, peluda e forte, anca de animal do campo.

C) Firmo, o atual amante de Rita Baiana, era um mulato pachola, delgado de corpo  ágil como um cabrito...

D) E naquela terra encharcada e fumegante, naquela umidade quente e lodosa começou a minhocar,... e multiplicar-se como larvas no esterco.

Questão 10 A guerra entre os moradores dos dois cortiços  ocorreu por causa:

A) dos Cabeça-de-Gato”, que  astearem uma bandeira amarela no pátio.
B) do assassinato de Firmo numa emboscada  de Jerõnimo e seus amigos.
C) de João Romão , que  entregou  Firmo à polícia.
D) de Miranda , que  prometeu  uma gorda recompensa para quem destruísse o “São Romão.”

    Questão 11 -  O lesbiasnismo, pela primeira vez retratado na Literatura Brasileira, acontece entre.
A) João Romão e Bertoleza                  
B)Léonie e Pombinha            
C) Piedade e Firmo                
D) Rita Baiana e Estela                       

Questão 12
     Piedade chegou perto do marido . Ele notou o cheiro de azedo que ela tinha. Voltou a passar mal e fechou a cara.
     _ Que tu sentes, Jerônimo?... Fala, homem !
     _ Não faça o chá. Vou tomar outra coisa...
     _ Não quer o chá? Mas é remédio!
     _ Já te disse que vou tomar outro remédio.

Nesse texto, o elemento da narrativa em evidência é o
A) cenário.             B) discurso direto.           C) enredo.             D) discurso indireto.

Questão 13No trecho “ Leandra, a ‘Machona’ (...) tinha duas filhas e um filho. (...) Ninguém sabia ao certo se ela era viúva ou desquitada; os filhos não eram parecidos.”, fica subentendido que
A) Leandra não era uma mulher descente e respeitável.
B) Leandra criava os filhos de uma amiga.
C) Leandra escondia seu passado.
D) Leandra manteve um caso amoroso com João Romão.

Questão 14Após ouvir uma conversa entre Botelho e João Romão sobre seu futuro, Bertoleza mostra-se (pág. 48)
A) valorizada.         B) agradecida.         C) emocionada .         D) indignada.

Questão 15A ‘amizade’ entre Miranda e João Romão, e o desejo do primeiro em casar sua filha Zulmirinha com o dono do cortiço tem como causa:

A) a admiração que um sentia pelo outro.
B) a paixão que a filha sentia pelo comerciante.
C) a ambição e a ganância de ambos.
D) os trabalhos sociais realizados por João Romão.

Questão 16No trecho  “ _ Mas isso é um disparate! ... Você não sabe o seu lugar?...” , a palavra destacada significa   

A) insensatez.                B) problema.           C) confusão.             D) ingratidão.

Questão 17Quanto ao gênero, O Cortiço é um exemplo de

A)  romance urbano                B) conto                 C) relato                   D)crônica.

Questão 18No trecho “ O barulho crescia; o zunzum de todos os dias... O zunzum chegava ao máximo”, a palavra destacada é uma

A) metáfora.             B) comparação            C) onomatopeia.            D) ironia.

Questão 19 Apesar de estar noiva, a mãe de Pombinha não queria que ela casasse porque...

A) ela não tinha 18 anos.                          
B) não gostava do noivo da filha.  
C) ela não havia menstruada ainda.
D) desejava que a filha seguisse uma vida religiosa          

Questão 20  No trecho “ Estava quase na hora do serviço, mas Jerônimo resolveu não dormir, porque  valia a pena esperar de pé.”, as palavras destacadas estabelecem relação de

A) opção / conclusão.                                                    
B) oposição /  explicação.  
C)  adição / oposição.                      
D) adição / adição.