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quarta-feira, 9 de março de 2016

Jogos do Advérbio

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quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

CARTAS E A INTERTEXTUALIDADE.

Os textos abaixo foram cartas escritas por dois soldados da fé cristã e trazem uma mensagem magnífica para todos os homens.

Carta do apóstolo Paulo aos Coríntios.

1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e näo tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e näo tivesse amor, nada seria.
3 E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado, e näo tivesse amor, nada disso me aproveitaria.
4 O amor é sofredor, é benigno; o amor näo é invejoso; o amor näo trata com leviandade, näo se ensoberbece.
5 Näo se porta com indecência, näo busca os seus interesses, näo se irrita, näo suspeita mal;
6 Näo folga com a injustiça, mas folga com a verdade;
7 Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
8 O amor nunca falha; mas havendo profecias, seräo aniquiladas; havendo línguas, cessaräo; havendo ciência, desaparecerá;
9 Porque, em parte, conhecemos, e em parte profetizamos;
10 Mas, quando vier o que é perfeito, entäo o que o é em parte será aniquilado.
11 Quando eu era menino, falava como menino, sentia como menino, discorria como menino, mas, logo que cheguei a ser homem, acabei com as coisas de menino.
12 Porque agora vemos por espelho em enigma, mas entäo veremos face a face; agora conheço em parte, mas entäo conhecerei como também sou conhecido.
13 Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e o amor, estes três, mas o maior destes é o amor

 

Carta de Dom Hélder Câmara, publicada na revista Ir ao povo, n° 661. 


        Se eu aprender inglês, espanhol, alemão e chinês e dezenas de outros idiomas, mas não souber me comunicar como pessoa, de nada valem as minhas palavras.
        Se eu concluir um curso superior, andar de anel no dedo, frequentar cursos e mais cursos de atualização, mas viver distante dos problemas do povo, minha cultura não passa de inútil erudição.
        Se eu morar no Nordeste, mas desconhecer os problemas e sofrimentos de minha região e fugir para as férias no Sul, até na América ou Europa, e nada fizer pela promoção do homem, não sou cristão.
        Se eu possuísse a melhor casa de minha rua, a roupa mais avançada do momento e o sapato da moda, e não me lembrasse de que sou responsável por aqueles que moram na minha cidade e andam de pés no chão, e se cobrem com molambos, sou apenas um manequim colorido.
        Se eu passar os fins de semana em festas e programas, sem ver a fome, o desemprego, o analfabetismo e a doença, sem escutar o grito abafado do povo que se arrasta à margem da história, não sirvo para nada.
        O cristão não foge dos desafios de sua época. Não fica de braços cruzados, de boca fechada, de cabeça vazia; não tolera as injustiças nem as desigualdades gritantes de nosso mundo; luta pela verdade e pela justiça, com as armas do amor.
        O cristão não desanima nem se desespera diante das derrotas e dificuldades, porque sabe que a única coisa que vai sobrar de tudo isso é o AMOR.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

SEMÂNTICA

AMBIGUIDADE

EMPREGO DO HÍFEN

Os mecanismos e coesão ecoerência textuais


Análise de textos

sábado, 30 de março de 2013

A Origem das Expressões

A língua portuguesa possui inúmeras expressões interessantes. Muitas vezes, elas permanecem imutáveis ao longo de anos, representando um forte papel cultural para o idioma. Existem pessoas que se ocupam em pesquisar e descobrir a origem das expressões, que podem ser fundamentadas na cultura do próprio país, ou ainda ter influência estrangeira, mitológica, religiosa, histórica, etc.
Sabe-se que as expressões são adquiridas no contato direto com a língua, na socialização dos indivíduos. De acordo com estudos, a partir dos cinco ou seis anos, as crianças começam a usar algumas expressões e, daí em diante, continuarão a enriquecer o seu dicionário mental para sempre.
Veja agora mesmo a origem das expressões a seguir:

Corredor Polonês
Corredor polonês é uma expressão comumente utilizada para denominar uma passagem estreita formada por duas fileiras de pessoas que se colocam lado a lado, uma defronte à outra, com a intenção de castigar quem tenha de percorrê-la. A expressão faz referência à região transferida por parte da Alemanha para a Polônia ao fim da Primeira Guerra Mundial, em virtude da assinatura do Tratado de Versalhes. O Corredor Polonês dividiu a Alemanha ao meio, isolando a Prússia Oriental do resto do país. Através de uma extensão de 150 quilômetros e largura variável entre 30 a 80 quilômetros, permitiu que os poloneses circulassem livremente em território alemão, bem como possibilitou o acesso da Polônia ao Mar Báltico. Posteriormente, tanto o Corredor quanto a Prússia foram incorporados ao território polonês. A disputa pela região do Corredor Polonês provocou inúmeros atritos entre os dois países. Em 1939, durante a invasão da Alemanha à Polônia, os poloneses foram encurralados pelos alemães, os quais se posicionavam dos dois lados do Corredor e atiravam contra os poloneses, que estavam no meio.
 
 
Voto de Minerva
A expressão tem sua origem em uma história pertencente à mitologia grega. Agamenon, o comandante da Guerra de Troia, ofereceu a vida de uma filha em sacrifício aos deuses para conseguir a vitória do exército grego contra os troianos. Sua mulher, Clitemnestra, cega de ódio, o assassinou. Com esses crimes, o deus Apolo ordenou que o outro filho de Agamenon, Orestes, matasse a própria mãe para vingar o pai. Orestes obedeceu, mas seu crime também teria que ser vingado. Em vez de aplicar a pena, Apolo deu a Orestes o direito a um julgamento, o primeiro do mundo. A decisão, tomada por 12 cidadãos, terminou empatada. Chamada pelos gregos de Atenas (Minerva era seu nome romano), a deusa da sabedoria proferiu seu voto, desempatando o feito e poupando a vida de Orestes. Eis a razão da expressão Voto de Minerva (também conhecida como "voto de desempate" ou "voto de qualidade").

Bafo de onça
A onça é um animal carnívoro que se lambuza bastante na hora de comer a caça. Por esta razão, fede muito e sua presença é detectada à distância na mata. Assim, pessoas que possuem o hálito fétido passaram a ser chamadas de "bafo de onça". A expressão também faz referência ao hálito de quem está (ou esteve) alcoolizado.
 
Santinha do pau oco
Expressão que se refere à pessoa que se faz de boazinha, mas não é. Nos séculos 18 e 19, os contrabandistas de ouro em pó, moedas e pedras preciosas utilizavam estátuas de santos ocas por dentro. O santo era "recheado" com preciosidades roubadas e enviado para Portugal.
 
Névoa baixa, sol que racha
Ditado muito falado no meio rural. A Climatologia o confirma. O fenômeno da névoa ocorre geralmente no final do inverno e começo do verão. Conhecida também como cerração, a névoa fica a baixa altitude pela manhã provocando um aumento rápido da temperatura para o período da tarde.
 
          Sem eira nem beira
Significa pessoas sem bens, sem posses. Eira é um terreno de terra batida ou cimento onde grãos ficam ao ar livre para secar. Beira é a beirada da eira. Quando uma eira não tem beira, o vento leva os grãos e o proprietário fica sem nada. Na região nordeste este ditado tem o mesmo significado mas outra explicação. Dizem que antigamente as casas das pessoas ricas tinham um telhado triplo: a eira, a beira e a tribeira como era chamada a parte mais alta do telhado. As pessoas mais pobres não tinham condições de fazer este telhado , então construíam somente a tribeira ficando assim "sem eira nem beira".


Quando a fotografia foi inventada, a impressão da imagem no filme não se dava com a mesma rapidez dos dias atuais. Na metade do século 19, os fotografados tinham de permanecer parados por até 15 minutos, a fim de que sua imagem fosse impressa dentro da máquina. Fazer as crianças ficarem imóveis por tanto tempo era um verdadeiro desafio. Por isso, gaiolas com pássaros ficavam penduradas atrás dos fotógrafos, o que chamava a atenção dos pequenos. Assim, a expressão “Olha o passarinho” ficou conhecida como a frase dita pelo fotógrafo na hora da pose para a foto.





























































































 








 Olha o passarinho!

Motorista barbeiro

Antigamente, os barbeiros eram conhecidos não apenas por realizar o corte de cabelo e barba, mas também por desempenhar tarefas como: extração de dentes, remoção de calos e unhas, entre outros. Geralmente, os serviços extra deixavam consequências desagradáveis aos clientes. No século 15, o termo “barbeiro” era atribuído a atividades mal executadas. Com o tempo, passou a ser relacionado aos motoristas.  Daí a expressão “motorista barbeiro”, ou seja, mau motorista.

Para falar que algo nunca foi usado ou que, se já foi, está em ótimo estado, dizemos que está "novo em folha". A expressão também pode ser usada para designar alguém que, depois de se machucar ou enfrentar uma doença, está curado. A origem dessa expressão baseia-se em folhas de papel branquinhas, limpinhas e sem amassados, encontradas em livros novos, recém impressos. Assim, trata-se de livros “novos em folha”.
Novo em folha

A expressão vem do inglês honeymoon. Na Irlanda, na Idade Média, os jovens recém-casados tinham o costume de tomar uma bebida fermentada chamada mead – ou hidromel, composta de água, mel, malte, levedo, entre outros ingredientes. O mel era considerado uma fonte de vida, com propriedades afrodisíacas. A bebida deveria ser consumida durante um mês (ou uma lua). Por essa razão, esse período passou a ser chamado de “lua de mel”.
 
      Lua de mel
 
Casa da mãe Joana
A expressão "casa da mãe Joana" alude a um lugar em que vale tudo, onde todo mundo pode entrar, mandar, uma espécie de grau zero de organização. A mulher que deu nome a tal casa viveu no século 14. Joana era condessa de Provença e rainha de Nápoles (Itália). Teve a vida cheia de confusões. Em 1347, aos 21 anos, regulamentou os bordéis da cidade de Avignon, onde vivia refugiada. Uma das normas dizia: "o lugar terá uma porta por onde todos possam entrar". "Casa da mãe Joana" virou sinônimo de prostíbulo, de lugar onde impera a bagunça.

A origem mais aceita para a expressão está relacionada com os imigrantes que chegavam ao Brasil no século 19. Eles costumavam trazer da Europa ferramentas para o cultivo da terra, como foices e enxadas, além de animais, como vacas e porcos. Uma ferramenta poderia indicar uma profissão, uma habilidade, demonstrava disposição para o trabalho. O contrário, chegar de mãos abanando, indicava preguiça. Atualmente, quando uma pessoa vai a uma festa, mandam os bons modos que leve um presente. Se não o faz, diz-se que “chegou com as mãos abanando”.

Chegar de mãos abanando

Pensando na morte da bezerra
A história mais aceitável para explicar a origem da expressão é proveniente das tradições hebraicas, onde os bezerros eram sacrificados para Deus como forma de redenção de pecados. Conta-se que certa vez um rei resolveu sacrificar uma bezerra e que seu filho menor, que tinha grande carinho pelo animal, opôs-se. Independentemente disso, a bezerra foi oferecida aos céus e afirma-se que o garoto passou o resto de sua vida pensando na morte da bezerra. Assim, estar “pensando na morte da bezerra” significa estar distante, pensativo, alheio a tudo.

"Homines sunt ejusdem farinae" (São homens da mesma farinha, em latim) é a origem dessa expressão, utilizada para generalizar um comportamento reprovável. A metáfora faz referência ao fato de a farinha de boa qualidade ser posta em sacos separados, para não ser confundida com a de qualidade inferior. Assim, utilizar a expressão "farinha do mesmo saco" é insinuar que os bons andam com os bons, enquanto os maus preferem os maus.
    Farinha do mesmo saco
      
Dor de cotovelo
A expressão teve origem nas cenas de pessoas sentadas em bares, com os cotovelos apoiados no balcão, bebendo e chorando a dor de um amor perdido. De tanto permanecerem naquela posição, as pessoas ficavam com dores nos cotovelos. Atualmente, é muito comum utilizar essa expressão para designar o despeito provocado pelo ciúme ou a tristeza causada por uma decepção amorosa.
Ovelha negra
Esta expressão não é brasileira nem restrita à língua portuguesa. Vários outros idiomas também a utilizam para designar alguém que destoa de um grupo, assim como uma ovelha da cor preta se diferencia em um rebanho de animais brancos. Na Antiguidade, os animais pretos eram considerados maléficos e, por isso, sacrificados em oferenda aos deuses ou para acertar certos acordos. Daí o hábito de chamar de "ovelha negra" aqueles que se diferenciam por desagradar e chocar aos demais.


No século 13, baús eram usados para guardar joias e documentos da corte de Portugal. Cada baú tinha quatro fechaduras e era aberto por quatro chaves distribuídas entre funcionários do reino. Com o tempo, os baús caíram em desuso. E algo que antes estava bem “guardado a quatro chaves”, passou a ser “guardado a sete chaves”, devido ao misticismo associado ao número 7. Esse misticismo originou-se nas religiões primitivas babilônicas e egípcias, que cultuavam os sete planetas conhecidos na época. Assim, a expressão “guardar a sete chaves” está relacionada ao ato de guardar algo com segurança e sob sigilo absoluto.
Guardar a sete chaves

Tintim por tintim
Corrente tanto no português do Brasil como em Portugal, a expressão "tintim por tintim" é utilizada para falar de alguma coisa descrita em seus mínimos detalhes. Segundo o filólogo brasileiro João Ribeiro, “tintim é a onomatopeia do tilintar de moedas”, ou seja, tintim é o barulho que uma moeda faz quando cai sobre outra. Em sua origem, a expressão “tintim por tintim” era usada para se referir a uma conta ou dívida paga até a última moeda. Assim, quando queremos obter informações precisas sobre algum fato ou situação, costumamos dizer: "Conte-me tudo, tintim por tintim”


 www.soportugues.com

segunda-feira, 18 de março de 2013

HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS



HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS
Preencha as lacunas com um dos termos entre parênteses (respostas)
1. Em tempos de crise, é necessário sortir a despensa de alimentos (sortir - surtir).
2. Os direitos de cidadania do rapaz foram cassados pelo governo (caçados - cassados).
3. O mandato dos senadores é de oito anos. (mandado- mandato).
4. A Marechal Rondon estava coberta pela cerração (cerração - serração).
5. César não teve senso de justiça (censo - senso).
6. Todos os assentos haviam sido ocupados (acentos - assentos).
7. Devemos vultosa uma quantia ao banco (vultosa - vultuosa).
8. A próxima sessão começará atrasada (seção - sessão).
9. Cumprimentaram-se, mas havia hostilidade entre eles (cumprimentaram - comprimentaram).
10. Na intersecção das avenidas, houve uma colisão. (intersecção - intercessão).
11. O tráfego no final do dia estava insuportável (tráfego - tráfico).
12. O marido entrou vagarosamente e passou despercebido (despercebido - desapercebido)
13. Não costume infringir as leis. (infligir - infringir).
14. Após o bombardeio, o navio atingido imergiu (emergiu- imergiu).
15. Vários imigrantes japoneses chega-ram a São Paulo nas primeiras décadas do século (emigrantes - imigrantes).
16. Não há discriminação de raças naque-le país. (discriminação - descriminação).
17. Após anos de luta, consegui a dispensa (dispensa - despensa).
18. A chegada do eminente diplomata era iminente ( eminente - iminente).
19. O corpo docente era formado por doutores (docente- discente).
20. Houve alguns incidentes no Congresso (acidentes - incidentes).
21. Fomos destratados pelos anfitriões (destratados - distratados).
22. A cessão dos direitos da emissora foi uma das tarefas do governo (seção - cessão).
23. Ali, na seção de eletrodomés-ticos, há uma grande liquidação (seção - cessão).
24. É um senhor distinto (distinto - destinto).
25. Dei o  xeque-mate ao gerente, por causa do cheque sem fundos. (cheque - xe-que)
26. A nuvem de gafanhotos infestou a plantação. (infestou - enfestou)
27. Quando Joana toca piano é mais um conserto que um concerto (conserto - concerto).
28. Todos eles fruem o prazer da bela melodia (fruem - fluem).
29. Estava muito apressado para apreçar quanto custava aquele aparelho (apreçar - apressar).
30. Nas festas de São João é comum acender balões e vê-los ascender (ascender - acender).
31. As pessoas foram recolhidas a suas celas (celas - selas).
32. Segui a prescrição médica, mas não obtive resultados (proscrição - prescrição).
33. Alguns modelos recriados serão vendidos. (recreados - recriados)
34. A bandeira de São Paulo tem listras pretas (listas - listras).
35. Para passar, precisava  aprender mais das lições ( apreender -aprender).
36. O réu expiará suas culpas (expiará - espiará).
37. Encontrei uma carteira com cédulas de cem dólares. (cédulas - sédulas)
38. Iremos à chácara para lermos deliciosa xácara medieval. (xácara - chácara)
39. Na hora da sesta, os mexicanos dormem (cesta-sesta).
40. Percebe-se que ele ainda é meio incipiente, pois não tem prática de comércio (incipiente - insipiente).

INTERTEXTUALIDADE




A expressão intertextualidade se refere, basicamente, à influência de um texto sobre outro. Na verdade, em diferentes graus, todo texto é um intertexto, pois, ao escrever, estabelecemos um diálogo - às vezes inconsciente, às vezes não - com tudo o que já foi escrito. Assim, cada texto é como um elo na corrente de produções verbais; cada texto retoma textos anteriores, reafirmando uns e contestando outros.

Quando a intertextualidade é intencional, ela pode se manifestar em diferentes níveis. Vejamos cada um deles:

· Epígrafe: é um fragmento de texto que serve de lema ou divisa de uma obra, capítulo, ou poema. Costuma existir um vínculo entre a epígrafe e o texto que vem abaixo dela; nesses casos, a epígrafe dá apoio temático ao texto - ou resume o sentido, a motivação dele. Massaud Moisés observa que o exame atento das epígrafes pode "nos fornecer uma ideia da doutrina básica de um poeta ou romancista, o seu nível intelectual etc.".

· Citação: é a frase ou passagem de certa obra que um autor reproduz (com indicação do autor original) como complementação, exemplo, ilustração, reforço ou abonação daquilo que ele pretende dizer ou demonstrar.

· Alusão: é toda referência, direta ou indireta, propositada ou casual, a certa obra, personagem, situação etc., pertencente ao mundo literário, artístico, mitológico etc. No geral, a alusão insere a obra que a contém numa tradição comum julgada digna de preservar-se. Camões, por exemplo, ao dizer, em Os Lusíadas, "cessem do sábio Grego e do Troiano / As navegações grandes que fizeram", alude a Ulisses (herói da Odisséira) e Eneias (herói da Eneida).

· Paráfrase: é a interpretação, explicação ou nova apresentação de um texto (ou parte dele) com o objetivo de ou torná-lo mais inteligível ou sugerir um novo enfoque para o seu sentido. Veja, por exemplo, o poema abaixo, de Carlos Drummond de Andrade, no qual o poeta parafraseia o poema "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias:


Europa, França e Bahia
Meus olhos brasileiros sonhando exotismos.
Paris. A torre Eiffel alastrada de antenas como um caranguejo.
Os cais bolorentos de livros judeus
e a água suja do Sena escorrendo sabedoria.


O pulo da Mancha num segundo,
Meus olhos espiam olhos ingleses vigilantes nas docas.
Tarifas bancos fábricas trustes craques.
Milhões de dorsos agachados em colônias longínquas
[formam um tapete para Sua Graciosa Majestade Britânica pisar. E a lua de Londres
como um remorso.
[...]
Chega!
Meus olhos brasileiros se fecham saudosos.
Como era mesmo a "Canção do Exílio"?
Eu tão esquecido de minha terra...
Ai terra que tem palmeiras
onde canta o sabiá!


· Paródia: trata-se de uma composição literária que imita, cômica ou satiricamente, o tema ou/e a forma de uma obra séria. O intuito da paródia consiste em ridicularizar uma tendência ou um estilo que, por qualquer motivo, se torna conhecido ou dominante. Como exemplo, o poema "Canto de Regresso à Pátria", de Oswald de Andrade, que parodia a "Canção do Exílio", de Gonçalves Dias:

Canção de Regresso à Pátria

Minha terra tem palmares
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá


Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra


Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá


Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo


· Tradução: traduzir consiste em passar um texto (ou parte dele) escrito numa determinada língua para o equivalente em outra língua. Na opinião de alguns estudiosos, a tradução pode ser estudada no âmbito da intertextualidade, pois é uma forma de recriação a partir de um texto-fonte.


· Pasticho (ou pastiche): imitação servil e grosseira de uma obra literária.