sábado, 28 de setembro de 2013

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sexta-feira, 27 de setembro de 2013

TÓPICO FRASAL



TÓPICO FRASAL
No enunciado linguístico existe uma ideia central, ou seja, em todo parágrafo essa ideia existe e recebe o nome de tópico frasal. Geralmente, é expressa por meio de uma ou duas orações, sendo que as demais servem apenas para completar, comentar, explicar e rever a ideia central. Portanto, o tópico frasal é a oração mais importante do todo linguístico.
FORMAS DE DESEVOLVER O TÓPICO FRASAL

1. ENUMERAÇÃO
Quando o recurso que comprova o tópico frasal é dado em ordem (como uma lista). Depois do tópico frasal justifica-se a afirmativa com expressões que levem a uma sequência ou lista (tais como, assim como). É muito parecido com exemplos, pois acabamos listando, mas não é o mesmo que exemplos.

Exemplo - A televisão tem trazido muitos benefícios às pessoas, tais como: informação, diversão, entretenimento, cultura, debates, cursos.

2. DETALHES
Quando o recurso que comprova o tópico frasal é dado com uma descrição de detalhes. Não é como texto descritivo, mas uma descrição que leve à comprovação da afirmação dada no tópico frasal.

Exemplo - Era um casarão das antigas fazendas. Erguia-se em alicerces, o muramento de pedra até meia altura, e dali em diante de pau-a-pique (...) à porta da entrada ia ter uma escadaria dupla, com alpendre e parapeito desgastado. (Monteiro Lobato)

3. CONFRONTO
Usam-se como recursos o confronto de ideias. O autor coloca as duas ideias em seu texto para que seu tópico frasal seja comprovado.

Exemplo - A vida real pode ser ilustrada como no jogo de xadrez, numa relação de pais e filhos, não se pode planejar mais uns poucos lances. Cada jogada depende das reações do outro jogador, assim, as ações precisam ser feitas considerando o que o outro jogador fez diante de sua jogada anterior.

4. RAZÃO
Quando aproveitamos dados científicos (ou senso comum) que comprovam nossa afirmação (como, por exemplo, as referencias bibliográficas).

Exemplo – As adivinhações agradam as crianças. Para isso é necessário apenas observar como elas se encantam diante de uma história de adivinhar bem apresentada.

5. ANÁLISE
Quando procuramos comprovar nosso tópico frasal com análises. Geralmente é a decomposição do que foi apresentado em pequenas partes. Desdobramos a idéia com qualidade e defeitos, pontos positivos e negativos, ou apenas um deles.

ExemploO peão não é cruel com o cavalo. Pois ele é carinhoso e atencioso com o animal para que consiga domá-lo.

6. EXEMPLIFICAÇÃO
Quando procuramos comprovar nosso tópico frasal com exemplos que convençam.

Exemplo – A imaginação utópica é inerente ao homem, sempre existiu e continuará existindo. Sua presença é constante em diferentes momentos históricos: nas sociedades primitivas sobre a forma de lendas e crenças que apontam para um lugar melhor; nas formas de pensamento religioso que falam de um paraíso a alcançar; nas teorias de filósofos que pregam uma convivência mais justa e harmoniosa. (Teixeira Coelho, adaptado)

Valores semânticos dos conectivos

Referência Dêiticas

O pronome e a coesão textual

BRANCA DE FOME E OS SETE ANÕES



                                                          BRANCA DE FOME E OS SETE ANÕES
                                                      
          Era uma vez uma linda princesinha chamada branca de fome. Ela vivia com o seu estômago real roncando. E não era porque não se alimentava direito. Os cozinheiros davam o maior duro no palácio. Mal terminavam de preparar o café da manhã, já começavam a fazer o almoço. Nem terminavam de lavar a louça, corriam para que o jantar estivesse pronto a tempo.
        Fora o apetite, branca era uma gracinha, igual a todas as princesas dos contos de fadas. Gostava dos animais, ajudava as velhinhas a atravessarem a rua e... Tinha uma madrasta que era uma bruxa! 
        A rainha era chata pra burro. Vivia reclamando que as joias da coroa não davam para pagar a conta do supermercado. E também que não aguentava mais as queixas dos cozinheiros, cansados de tanto trabalho. Para falar a verdade, tudo isso era papo furado. A rainha morria de inveja da princesa porque ela comia, comia e comia e estava sempre em forma.
         Um dia, depois de malhar horas na academia de ginástica, a rainha resolveu fazer uma refeição light. Vasculhou toda a cozinha atrás de biscoitos de glúten, pão diet, geleia sem açúcar e... nada! Um dos cozinheiros resolveu abrir o jogo antes que a bronca sobrasse para ele:
         - Acabou tudo, majestade! Branca de Fome quis um lanchinho extra e a despensa ficou a zero.
          Se tinha uma coisa que deixava a rainha maluca era quebrar a dieta. A malvada ficou tão brava que decidiu se livrar da princesa. 
        A rainha mandou um de seus guardas levarem branca de fome para um piquenique na floresta e deixá-la por lá. Acontece que, na hora h, o guarda ficou morrendo de dó da princesinha e contou todo o plano sujo da rainha.
         - Pois, agora, quem não quer mais voltar para aquele castelo sou eu! – Disse Branca de Fome.
         - Tirei 10 no curso de sobrevivência na selva para princesas. Posso me virar muito bem por aqui!
         Sozinha na floresta, branca acabou com os lanches do piquenique e passou o resto do dia procurando frutas silvestres para a sobremesa. Procura daqui, procura dali, acabou achando uma cabana.
        - Puxa, que sorte! – pensou.
       -Deve ser a casa de alguma vovozinha solitária. E essas vovozinhas cozinham tão bem!
         Ela bateu na porta. Como ninguém atendeu, foi entrando. A princesa não era de fazer cerimônia e, já que estava lá dentro, aproveitou para fazer mais um lanche. Enquanto esperava alguém chegar, decidiu tirar um cochilo. Nisso, apareceram sete anões, que eram os donos do lugar. Eles levaram o maior susto quando descobriram que alguém tinha chupado todo o sorvete do freezer. E levaram um susto maior ainda quando ouviram um ronc ! vindo do quarto, ou melhor, do estômago da princesinha.
         Branca contou a sua triste história para os pequeninos, que toparam deixar que ela morasse na cabana.Todos os dias, os anõezinhos saíam para trabalhar e a princesa ficava arrumando a casa:
           - Gente! Como dá trabalho cuidar desses baixinhos! – pensava a princesa durante a faxina.
           - Imagine só se fossem sete jogadores de basquete!
            Enquanto isso, lá no castelo, a rainha estava feliz da vida porque tinha perdido meio quilo e achava que ia ser moleza ganhar o concurso de misss do reino. Toda metida foi para frente do seu espelho mágico e perguntou:
           -Espelho, espelho meu, quem é mais magrinha do que eu?
            - Branca de Fome! – Respondeu o espelho.-
          Mas ela não vive mais aqui, seu bobão! – Disse a rainha. – Eu tô perguntando se alguma garota do reino pode me vencer no concurso.
              -Acontece gorducha, que Branca de Fome mora na floresta e, se ela entrar no concurso, você não tem chance.
             Na hora, a megera bolou outro plano. Preparou uma porção gigante de maçãs do amor bem açucaradas. Depois, se disfarçou de velhinha e levou os doces para a princesa.
             - Quero só ver ela continuar magrela depois de todas essas calorias – Pensava a bruxa.
             Branca não desconfiou de nada e foi devorando todas as maçãs. Na última mordida... Tóim! Caiu dura de tanto comer.
           Os anões encontraram a princesa estatelada no chão. O príncipe Quinzinho, que costumava caçar por ali, chegou bem nessa hora. Vendo aquela menininha tão lindinha, não aguentou. Pediu para os anões olharem para outro lado e deu o maior beijão na branca de fome. Ela abriu os olhos e se apaixonou pelo príncipe no ato. E ficou mais apaixonada ainda quando soube que ele era dono de uma rede de padarias. Os dois se casaram e viveram felizes para sempre. E os anõezinhos ficaram super-contentes, porque não precisaram mais dividir seus biscoitos recheados com ninguém.
           Só mesmo a rainha malvada não se deu bem nesta história. Ela ganhou o concurso de miss e se tornou uma top model  famosíssima. Mas nunca mais pôde comer chocolates, balas e sorvetes para não perder o emprego!

Maurício de Souza. Manual de receitas da Magali. São Paulo, Globo, 1996.

BRANCA DE FOME E OS SETE ANÕES