A
dissertação argumentativa é um gênero textual que exige do escritor clareza,
precisão objetividade e consistência na defesa do ponto de vista.
Outro
aspecto relevante que nutre essa modalidade textual é a impessoalidade, uma vez
que a intenção do emissor ao se posicionar frente a uma ideia em discussão é
convencer o interlocutor, por meio de argumentos. Essa impessoalidade
deve-se a forma de estruturar o texto que, preferivelmente, faz-se uso da
terceira pessoa no singular e verbo na voz ativa com o uso da partícula SE
(sabe-se, entende-se, observa-se); ou com o sujeito indeterminado na voz ativa
(verbo na 3ª pessoa do plural). Em muitas circunstâncias, o sujeito de uma
oração na voz ativa pode não ser precisamente identificado.
Sabe-se
que alguém praticou a ação, mas não se quer ou não se tem informação suficiente
para determinar o agente verbal.
Ex.: Publicaram algumas informações sobre a greve
dos professores.
Outro
recurso pode caracterizar a impessoalidade de um texto dissertativo, substituir
expressões como Eu acho, Na minha opinião, No meu modo de ver, Do meu
ponto de vista, etc. por outras como: Convém observar, É bom lembrar, É preciso
considerar, Não se pode esquecer, É indispensável, É importante, etc.
Essas expressões conferem ao texto dissertativo um tom universal, ou seja,
isentando-se de qualquer envolvimento por parte de quem o redige.
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