1. Quais
as diferenças básicas da ortografia usada no Brasil e em Portugal?
Existem duas ortografias oficiais
da língua portuguesa: a do Brasil e de Portugal. A norma portuguesa é a que
serve de referência para o ensino de português em outros países. O
vocabulário português contém palavras escritas com consoantes mudas, como
Egipto e objecto. Em outras, como indemnizar e facto,
as consoantes "a mais" são pronunciadas. Além disso, nas sílabas
tônicas seguidas de m e n, o som é aberto. Por exemplo, a palavra econômico
(escrita brasileira) é escrita e lida económico em Portugal.
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2. Quantos e quais países falam português?
A Comunidade dos Países de Língua
Portuguesa (CPLP) é composta por oito países: Brasil, Portugal, Angola,
Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor Leste.
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Uma vez unificado, o português
auxiliará a inserção dos países que falam a língua na comunidade das nações
desenvolvidas, pois algumas publicações deixam de circular internacionalmente
porque dependem de "versão". Um dos principais problemas que as
novas regras vão acarretar, no entanto, será o custo da reimpressão de
livros.
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O português, segundo estudos, é a
quinta língua mais falada no mundo – cerca de 210 milhões de pessoas – e tem
duas grafias oficiais, o que dificulta o estabelecimento da língua como um
dos idiomas oficiais da Organização das Nações Unidas (ONU) . A
ortografia-padrão facilitará o intercâmbio cultural entre os países que falam
português. Livros, inclusive os científicos, e materiais didáticos poderão
circular livremente entre os países, sem necessidade de revisão, como já
acontece em países que falam espanhol. Além disso, haverá padronização do
ensino de português ao redor do mundo.
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É preciso que o projeto com as
novas regras seja aprovado pelos oitos países da CPLP e que pelo menos três
deles ratifiquem as mudanças em seu território. Assim que as novas regras
forem incorporadas ao idioma, inicia-se o período de transição, no qual os materiais
didáticos serão adequados às mudanças.
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Já foram feitos três acordos
oficiais, aprovados pelos países falantes: o de 1943, o de 1971 e o que vai
vigorar a partir de 2009.
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A mudança mais importante antes da
aprovada em 1990 (e que vai vigorar a partir de 2009) foi a de 1971. Nesse
acordo foi estipulada a eliminação do trema nos hiatos átonos, bem como a do
acento circunflexo diferencial nas letras "e" e "o" da
sílaba tônica das palavras homógrafas, de significados diferentes, mas com a
mesma grafia, além da extinção do acento circunflexo e do grave em palavras
terminadas com "mente" e "z". Com a reforma, êle
passou a ser escrito ele, sómente, somente e bebêzinho, bebezinho.
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A principal causa da demora é a
relutância de alguns países, como Portugal, em ratificar o acordo. Até julho
de 2004, era preciso que todos os países membros da CPLP ratificassem as
novas normas. Um acordo feito nessa data estabeleceu que bastaria a ratificação
por parte de três países. Em 1995, o Brasil efetivou sua ratificação, seguido
de Cabo Verde, em fevereiro de 2006, e São Tomé e Príncipe, em dezembro.
Portugal ainda precisa adaptar sua legislação às novas regras. Enquanto as
mudanças afetarão 0,45% das palavras brasileiras, Portugal sofrerá alterações
em 1,6% de seu vocabulário. Os portugueses deixarão, por exemplo, de escrever
húmido e escreverão úmido, como os brasileiros.
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As mudanças serão apenas na
ortografia, permanecem as pronúncias típicas de cada país.
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