Uma nova forma de se expressar
Arte Moderna
Cores vivas, figuras deformadas, cubos e cenas sem pé nem cabeça. Essas são
as características da Arte Moderna, movimento que chegou no final do século XIX
como um grande divisor de águas no mundo das artes. Com o objetivo de quebrar
paradigmas, os artistas modernos buscavam constantemente novas formas de expressão.
Durante a Primeira Guerra Mundial, muitos artistas fugiram de seus países e disseminaram a arte moderna foi na América. No Brasil, o marco inicial foi a realização da Semana de Arte Moderna de 1922. Durante o evento vários artistas plásticos e escritores apresentaram ao público uma nova forma de expressão, um novo olhar sobre a arte. Como tudo que é novo, a arte moderna teve resistência. Não foi fácil ser aceito pela crítica, afinal todos já estavam acostumada com padrões estéticos bem definidos. Aos poucos, as exposições desse novo olhar foi aumentando, o público passou a entender e aceitar as obras modernistas que foram tão criticadas…
Os artistas que participaram da semana de Arte Moderna negavam o academicismo nas artes. Os seguintes artistas: Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Zina Aita, Vicente do Rego Monteiro, Ferrignac (Inácio da Costa Ferreira), Yan de Almeida Prado, John Graz, Alberto Martins Ribeiro e Oswaldo Goeldi, com pinturas e desenhos. Nos projetos de arquitetura, Victor Brecheret, Hildegardo Leão Velloso e Wilhelm Haarberg, com esculturas; Antonio Garcia Moya e Georg Przyrembel participaram também. Além disso, havia escritores como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Sérgio Milliet, Plínio Salgado, Ronald de Carvalho, Álvaro Moreira, Renato de Almeida, Ribeiro Couto e Guilherme de Almeida. Na música, estiveram presentes nomes consagrados, como Villa-Lobos, Guiomar Novais, Ernâni Braga e Frutuoso Viana.
No Brasil, a Arte Moderna está exposta em vários lugares. Podem ser vista nos Museu de Arte Moderna, nas Bienais e em outras formas de exposições sempre buscando estimular esta forma de expressão.
Arte moderna convida à reflexão
Thaís Nicoleti de
Camargo* Especial para a Folha de S.
Paulo
A arte moderna a muitos parece hermética ou mesmo
desprovida de um sentido. Tal impressão, entretanto, talvez nasça de uma
espécie de vício interpretativo, segundo o qual a obra sempre "quer
dizer" algo além de si mesma e interpretá-la é descobrir o que ela oculta.
Essa aparente dificuldade de entender a arte moderna revela um observador preso a cânones inadequados para a apreensão de um novo padrão.
O que se chama de arte moderna nasceu nos primórdios do século 20, quando eclodiram na Europa os chamados movimentos de vanguarda (futurismo, cubismo, dadaísmo etc.), que significaram, à época, uma ruptura radical com o conceito de arte vigente.
O elemento figurativo, de representação da realidade, cedeu espaço ao traço metalinguístico, por meio do qual a arte se voltou para si mesma e pôs em marcha a reavaliação de suas potencialidades.
No quadro cubista "O Bilhar", de Braque, aquilo que, à primeira vista, parece um objeto deformado, é, na verdade, a fusão de diferentes pontos de vista numa mesma tela.
No dadaísmo, os artistas retiravam objetos de seu contexto de utilidade e, dessa maneira, conferiam-lhes o estatuto de arte. É o caso da "Roda de Bicicleta", assinada por Marcel Duchamp. Gestos radicais apontaram novos caminhos para a arte, que incorporou o conceito de intenção.
Se a tradição ocultou a forma e privilegiou o conteúdo da obra de arte, a modernidade fez exatamente o inverso. A harmonia das imagens ou a perícia do artista na reprodução da realidade deram vez à explicitação dos elementos e das técnicas, num processo de recombinação de informações e de constante diálogo com a tradição.
Assim, a arte contemporânea, como a arte moderna, fechada à fruição espontânea, convida o espectador à reflexão.
Essa aparente dificuldade de entender a arte moderna revela um observador preso a cânones inadequados para a apreensão de um novo padrão.
O que se chama de arte moderna nasceu nos primórdios do século 20, quando eclodiram na Europa os chamados movimentos de vanguarda (futurismo, cubismo, dadaísmo etc.), que significaram, à época, uma ruptura radical com o conceito de arte vigente.
O elemento figurativo, de representação da realidade, cedeu espaço ao traço metalinguístico, por meio do qual a arte se voltou para si mesma e pôs em marcha a reavaliação de suas potencialidades.
No quadro cubista "O Bilhar", de Braque, aquilo que, à primeira vista, parece um objeto deformado, é, na verdade, a fusão de diferentes pontos de vista numa mesma tela.
No dadaísmo, os artistas retiravam objetos de seu contexto de utilidade e, dessa maneira, conferiam-lhes o estatuto de arte. É o caso da "Roda de Bicicleta", assinada por Marcel Duchamp. Gestos radicais apontaram novos caminhos para a arte, que incorporou o conceito de intenção.
Se a tradição ocultou a forma e privilegiou o conteúdo da obra de arte, a modernidade fez exatamente o inverso. A harmonia das imagens ou a perícia do artista na reprodução da realidade deram vez à explicitação dos elementos e das técnicas, num processo de recombinação de informações e de constante diálogo com a tradição.
Assim, a arte contemporânea, como a arte moderna, fechada à fruição espontânea, convida o espectador à reflexão.
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