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As bruxinhas
Galatéia
e Brunevildes estavam tomando sol na seringueira da praça. Tinham
acabado de chegar em suas vassouras mágicas. Eram duas bruxinhas
minúsculas que adoravam aventuras. Então, cansadas de só fazer o mal, lá
no castelo onde moravam, resolveram vir para a cidade. E agora, na
vila, preparavam-se para fazer as mais incríveis benfeitorias. E, ainda
por cima, por encomenda.
No meio das plantas enxergavam um sapo. Galatéia fez a voz mais doce que podia e perguntou:
- Ei, amigo sapo, que tal virar príncipe?
O sapo abriu, fechou os olhos:
- Sei não.
- Como é que não sabe? - insistiu a bruxa Galatéia, enquanto Brunevildes apoiava, fazendo sinais com a cabeça. - Quer vida melhor que a de príncipe?
- Como é vida de príncipe? - quis saber o sapo, curioso. E Brunevildes, paciente, explicou:
- Vida de príncipe é uma beleza! Não se faz nada o dia inteiro. Come-se do bom e do melhor e ainda por cima desencantam-se princesas adormecidas com um beijo!
- Vamos por partes - disse o sapo, bocejando. - Não fazer nada o dia inteiro deve ser chato pra burro. Comer do bom e do melhor é questão de gosto: depende muito do que se come.
- Faisão assado, javali na brasa...
- Puf! - cuspiu o sapo. - Quanta porcaria! E a terceira ainda é pior. Imagine desencantar princesas adormecidas há séculos. Só dando um bom banho nelas, antes...
- Ô seu sapo sem romantismo! - bufou a Galatéia. - Quer dizer que você não quer ser príncipe?
- Pra falar a verdade, prefiro continuar sendo sapo. Caço o dia inteiro e nem vejo o dia passar; gosto de comer moscas e não javalis na brasa; e ainda vou me casar, no mês que vem, com uma linda sapa que nunca dormiu tanto assim e, além do mais, é muito cheirosa...
O sapo abriu, fechou os olhos:
- Sei não.
- Como é que não sabe? - insistiu a bruxa Galatéia, enquanto Brunevildes apoiava, fazendo sinais com a cabeça. - Quer vida melhor que a de príncipe?
- Como é vida de príncipe? - quis saber o sapo, curioso. E Brunevildes, paciente, explicou:
- Vida de príncipe é uma beleza! Não se faz nada o dia inteiro. Come-se do bom e do melhor e ainda por cima desencantam-se princesas adormecidas com um beijo!
- Vamos por partes - disse o sapo, bocejando. - Não fazer nada o dia inteiro deve ser chato pra burro. Comer do bom e do melhor é questão de gosto: depende muito do que se come.
- Faisão assado, javali na brasa...
- Puf! - cuspiu o sapo. - Quanta porcaria! E a terceira ainda é pior. Imagine desencantar princesas adormecidas há séculos. Só dando um bom banho nelas, antes...
- Ô seu sapo sem romantismo! - bufou a Galatéia. - Quer dizer que você não quer ser príncipe?
- Pra falar a verdade, prefiro continuar sendo sapo. Caço o dia inteiro e nem vejo o dia passar; gosto de comer moscas e não javalis na brasa; e ainda vou me casar, no mês que vem, com uma linda sapa que nunca dormiu tanto assim e, além do mais, é muito cheirosa...
Márcia Kupstas, Sapo de estimação, Editora Moderna
Quais são as personagens do texto?
Os nomes das duas bruxinhas são comuns ou estranhos?
Com que intenção (intuito) as bruxinhas vieram para a vila? Por quê?
Com que meio de transporte elas vieram para a praça?
Qual foi a proposta que as bruxinhas fizeram ao sapo?
A primeira reação do sapo foi de:
Quais as vantagens que Brunevildes apresentou ao sapo, tentando convencê-lo de que a vida de príncipe era uma beleza?
Qual a opinião do sapo a respeito do fato de não fazer nada durante todo o dia?
Das vantagens propostas pelas bruxinhas, qual delas o sapo considerou a pior?
Onde ocorre a história?
Relacione os adjetivos que caracterizam as personagens ou coisas que aparecem no texto:
(a) Vassouras incríveis
(b) Bruxinhas muito doce
(c) Benfeitorias mágicas
(d) Voz de Galatéia minúsculas, cansadas de fazer o mal, insistentes
(e) Brunevildes bela (uma beleza)
(f) Vida de príncipe paciente
(g) Princesas linda, cheirosa
(h) Sapo adormecidas
(i) Sapa curioso
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